quarta-feira, 11 de junho de 2008

Surreal !!! (Até quando tentar II)

Na internet encontramos de "um tudo", t-u-d-o mesmo. Estava eu a navegar e advinhem quem eu encontro, blogueiro como eu, meu eh-husband. Ele criou um blog pra falar de música e cinema (ele gosta bastante e saca pracaramba), mas fala de muitas outras coisas, inclusive de si mesmo.
Fiquei simplesmente estarrecida quando me deparei com esse blog. Primeiro porque foi "por acaso" e segundo porque me impressionou algumas coisas que lá estavam escritas. Segundo ele o anonimato era interessante nesse caso, assim ele poderia se exatamente quem queria ser. E aí fiquei pensando: não somos quem somos sempre? A vida em sociedade nos impões certos limites e, quando anônimos, esses limites desaparecem? Creio que para algumas pessoas sim...Mas apesar das surpresas, o recolheci no blog. Na essência, era ele ali. E esse foi mais um choque: ele, que há muito estava tão longe, agora estava ali, tão perto...
Por fim, o principal: em alguns momentos ele fala sobre a separação, demontra estar sofrendo muito e em certo momento, tem uma ponta de dúvida: "O medo de ter acabado com algo bom. Sonhos em poças d'agua. A impossibilidade de ser feliz. Uma solidão que chega a dar frio. Incompletos trabalhos em dupla. Um coração pequeno e enrugado como uma ameixa. Caminhar metros sozinho..."
Esse trecho foi retirado de uma postagem em abril, se não me engano a última vez que nos encontramos. Foi um encontro rápido, fulgáz, eu sai achando que pra ele tinha sido indiferente e...aí está. Tudo isso mexeu muito, muito mesmo comigo. De repente comecei a me questionar se não haveria uma "brecha" para uma tentativa. Se eu não deveria fazer alguma coisa...Não sou uma pessoa de esperar muito que as coisa aconteçam, tento fazê-las acontecer, normalmente. Em relação a nós, tive que aceitar, engolir a decisão dele de se separar meio goela abaixo. Não tive muita alternativa. Tentei conversar, argumentar, mas não teve jeito. Na verdade ele não me deu muito papo, muita abertura. Sempre pensei que isso era porque ele estava muito decido, muito certo. Agora fico pensando se não era o contrário...se meus argumentos, minha presença não o incomodavam tanto que preferiu o isolamento. Se assim o for, será que eu não deveria me fazer mais presente? Adiantaria alguma coisa. Sei que "dor" eu causaria, afinal, como disse no post anterior, não é fácil ficar cara-a-cara com o fracasso (ele usa essa palavra no blog, segundo ele é melhor definição pra separação!). Mas mudaria alguma coisa eu estar mais presente? Sempre fiquei pensando, depois que nos separamos, se eu não devia ter mais atitude. O amor não quer racionalidade, argumetos, quer,sim, atitude, toque. Faltou isso? Ainda há tempo? Vale à pena? Estou preparada ? Minha cabeça tá um turbilhão...

Nenhum comentário: