terça-feira, 12 de agosto de 2008

Perdas e danos


Ontem perdi uma pessoa querida. Uma pessoa de quem não era tão próxima, não morava perto de mim, mas que era uma referência e de quem tenho boas lembranças. Eu que já estava em uma fase meio “sensível”, fiquei triste. É estranho como quando estamos nos recuperando de uma perda, uma outra nos traz toda sensação de volta, parece que abre o nosso “compartimento” de perdas e tudo que estava guardadinho lá, escapa...uma espécie de retrocesso.
Essa pessoa era pai de uma única filha, que está (é claro!) abaladíssima. Não consigo parar de pensar nela, na dor que está sentindo. Acho que, de certa forma, nós sabemos um pouco como é essa dor. Perder um alguém amado...E fiquei pensando: “Essa dor passa um dia? Ou será que nos aconstumamos à ela? Sim, sim, no caso de quem perdeu um amor, outros amores virão, mas esse passa? Ou fica guardadinho lá no compartimento de perdas? A gente deixa de amar as pessoas que nos deixam? Ou aprende a viver sem elas?”

Eri.
PS: Perdoem-me pela tristeza dos últimos post...

5 comentários:

Flávia disse...

Vai pedir desculpas porquê??
Olha, eu nunca perdi ninguém especial na minha vida. Não posso te falar sobre a dor da sua amiga. Acredito que não passe, mas nos acostumamos e guardamos ela dentro de nós.
Mas a dor de perder um amor, acredito que nunca esquecemos, pois amor mesmo é só um e pra vida toda. Ele também fica guardado, e o próximos são apenas variações do mesmo tema.
Bjs

Anônimo disse...

Reforço o que a Flávia disse,
não há do que pedir desculpas ...

Acho que cada dor é unica, não podemos dimensiona-las

Mas tenho um pensamento particular sobre o que postou ...

- a ausência pela morte é para mim, uma dor que o tempo conforta. É algo que faz parte do ciclo da vida e a saudade dolorosa aos poucos dá espeaço para a saudade gostosa que fica das lembranças boas

- a ausência pela separação de um amor causa uma dor que não há conforto, não conseguimos enterrar pessoas vivas ... outros amores virão sim, e a dor se ameniza, mas as lembranças repentinas nunca nos deixa esquecer que ela existe


Quando sumo, amiga, além das impossibilidades de acesso a net, é também, geralmente quando não estou bem, quando as minhas lembranças estão mais presentes do que nunca ...

obrigada pelo selinho, vou posta-lo!

beijos

Marsyah disse...

Eri,

É bem assim do jeito que você descreveu. Mesmo hoje, depois de (quase)tudo nos eixos, ás vezes eu me sinto assim.
Parece que quem passou por este trauma fica com as cicatrizes. É bem ruim.
Mas a gente vai levando. Nem tudo são flores, mas também nem tudo são espinhos.
A gente aprende a conviver com isso e aprende com a experiência.

Bem... sei lá. Eu ainda sou meio assim. Quando passar 100% eu te aviso (rs).

Bjux querida!

Anônimo disse...

olha, um dica. minha médica me disse nesta fase braba q vc tá agora: Lu, evite TODO sofrimento. se morrer alguem, nao vá ao enterro. se alguem fizer cirurgia, nao vá ao hospital. vc está vulnerável ao sofrimento, precisa se fortalecer pra depois poder ajudar a outros'... um beijo! se cuida!

DOIDINHA DA SILVA disse...

Meninas, acho que a vida toda vou ter que me fortalecer. Tenho propensão a depressão, e quando vejo outras pessoas tristes, fico pior que elas...

Mas DEUS é mais, e estou me tratando....